Augmented Analytics: a evolução do analytics tradicional
Por: tegUP, aceleradora de startups.
Business Intelligence, ou BI, se tornou em poucos anos uma área que qualquer empresa precisa ter. Ela é responsável pelo uso da coleta de dados, organização, análise, ação e monitoramento para tomar melhores decisões e saber, por exemplo, se os investimentos feitos estão trazendo bons resultados.
Dentro do Business Intelligence há uma vertente que tem crescido e desponta como tendência para 2019: o Augmented Analytics. De acordo com o Gartner, nos próximos cinco anos o Augmented Analytics será a tendência mais importante em Business Intelligence.
O Instituto faz uma lista de tecnologias que estão despontando nos locais de trabalho digitais e, na última edição divulgada, reforçou que essa abordagem de dados pressupõe a automatização do processo para que empresas obtenham insights ao usar aprendizagem de máquina e automação. Em outras palavras, ela substitui o processo tradicional de conversão de dados brutos em insights por um novo processo totalmente feito pela máquina, que aprende sozinha a identificar os padrões e gerar respostas úteis para o negócio.
Identificar exceções, segmentações, links entre dados e previsões são os quatro campos principais que essa tecnologia aborda.
Outros institutos também chamam essa abordagem de Smart Data Discovery e consideram que ela é o alinhamento perfeito entre o Business Intelligence (BI) e a Inteligência Artificial (IA), automatizando o processo de encontrar, preparar, separar e analisar os dados. Por fim, a Inteligência Artificial ainda faz com que o computador entenda quais desses dados são essenciais para o negócio e gera os tão famosos “insights” – e, mais, compartilha esses insights de forma autônoma também.
As aplicações dessa abordagem são variadas e podem estar em qualquer indústria. De usos como “previsão de mortes que vão ocorrer em Game of Thrones” a grandes mudanças na medicina, com link entre dados de pacientes e descobertas de doenças. Muita coisa pode ser feita com essa tecnologia.
No Varejo, a previsão de estoque e envio – grande desafio do cenário atual de compras on demand e da Indústria 4.0 – também já está se beneficiando do Augmented Analytics. Os varejistas estão usando essa abordagem para que as máquinas analisem sozinhas quantos produtos têm em estoque, quanto está sendo comprado e qual é a previsão futura de compra. De maneira automatizada, ele já entende os movimentos da sociedade por busca de uns e outros produtos, acionando compradores, terceiros e atualizando dados de estoque e informações ao cliente.
Outro uso está na indústria de planos de saúde também: prevendo de forma automática os movimentos da sociedade em termos a hábitos saudáveis e doenças diagnosticadas, é possível prever melhor preços e inclusive entregar análises e valores feitos para cada indivíduo, dependendo de seu perfil específico (dados de uso do plano de saúde e dos médicos). Para o paciente, isso gera um conforto de ter a indicação do médico ou da clínica exata que ele precisa de acordo com seu perfil: preferências, gostos, geolocalização e especialidade médica – algo que nunca seria possível de ser feito pelos planos de saúde de forma individualizada.
E, quando pensamos nos benefícios de automatizar esse processo, fica muito clara a redução de tempo de análise de dados, mas nos esquecemos de outros conceitos que mudam com essa automação.
Os cientistas de dados, como são chamados aqueles que tratam os dados em empresas, conseguem com essa automação focar em problemas mais específicos – os insights levam direto para pistas de solução dos problemas que os dados gerais, analisados manualmente não levariam, por já terem o direcionamento do cérebro humano. Nós seguimos os mesmos padrões, tendemos a buscar os mesmos erros e respostas que já conhecemos. Além disso, os insights gerados também são menos enviesados, já que não se trata de uma pessoa fazendo um recorte nos dados, mas de um computador entendendo que aquele recorte específico é mais importante para o negócio e entregando os insights prontos.
Até 2020, o número de usuários de plataformas modernas de BI e de analytics que se diferenciam por capacidade de descoberta de Augmented Analytics vai crescer o dobro do volume daqueles que não têm esse diferencial. E o melhor: essas plataformas vão entregar o dobro de valor para o negócio do que as demais plataformas. É bom que as empresas estejam atentas para seguir esse caminho, pois não precisamos nem de Augmented Analytics para saber que são muito grandes as chances de essa previsão se realizar.
Sobre o Autor
A tegUP é uma aceleradora de startups e braço de inovação aberta da Tegma Gestão Logística. A aceleradora apoia startups e empresas de tecnologia transformadoras que ofereçam produtos, serviços e tecnologia relacionados ao universo da Logística, apresentem alto potencial de evolução e necessitem de algum tipo de suporte para acelerar seu crescimento.
www.tegup.com.