Blockchain na geração de melhores processos e segurança

No mundo dos negócios, é comum ouvir que as empresas precisam estar interligadas com novos parceiros e que os negócios mais inovadores fazem parte de grandes ecossistemas, interagindo com centenas de outras empresas em harmonia. Mas para essa harmonia existir, nem sempre há um processo fácil e seguro de troca de informações e registro de ações. 

 

Neste atual universo complexo dos negócios, surgiu o blockchain. Também conhecido como “o protocolo da confiança”, é uma tecnologia de registro distribuído, ou seja, registra todas as ações e interações de uma cadeia de fornecedores em um índice único e global, imutável e impossível de ser apagado, mas que tem a descentralização como medida de segurança. Assim, todas as transações que ocorrem em um determinado mercado ficam registradas nesse livro, mas de forma pública, não-centralizada e compartilhada. 

 

O termo veio do universo das criptomoedas, unidades monetárias virtuais criadas para substituir o dinheiro como conhecemos hoje. Como lidar com dinheiro exige mais cuidados que qualquer outro setor, foi preciso desenvolverem um registro que fosse o mais confiável, estável e rastreável possível, sem o intermédio de terceiros. 

 

O ponto positivo é que muitas empresas já estão utilizando esta tecnologia em seus processos. Um exemplo é a BRF, que está utilizando a tecnologia Blockchain para realizar o rastreamento de alimentos e informar ao consumidor, a procedência destes, oferecendo assim, credibilidade e confiança para o consumidor final no momento da compra do alimento escolhido. 

 

Transferindo o uso dessa tecnologia para as cadeias logísticas, temos a possibilidade de entregar para clientes, e mesmo para empresas parceiras, processos confiáveis, transparentes e seguros. 

 

 

Sobre o Autor   

tegUP é uma aceleradora de startups e braço de inovação aberta da Tegma Gestão Logística. A aceleradora apoia startups e empresas de tecnologia transformadoras que ofereçam produtos, serviços e tecnologia relacionados ao universo da Logística, apresentem alto potencial de evolução e necessitem de algum tipo de suporte para acelerar seu crescimento.    

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Treinamentos corporativos e o impacto da tecnologia

Vivemos na era da tecnologia, da personalização e da mobilidade. E são esses os três itens que estão moldando nossa forma de ensinar a aprender, de treinar funcionários e de potencializar nossos talentos. 

 

A tecnologia já está sendo utilizada em várias plataformas de treinamento e, no mercado de logística e transporte, ela tem ainda maior peso. Com boa parte das equipes na rua, dirigindo as frotas ou se ocupando de processos logísticos, é essencial que treinamentos sejam disponibilizados em tecnologia mobile – muitas vezes no mesmo celular ou tablet corporativo que as equipes na rua já utilizam no dia a dia, para rotas, pagamentos ou controles. 

 

Com treinamentos em plataformas mobile, os funcionários podem aprender onde estiverem, entre uma entrega e outra, ou mesmo entre os intervalos das tarefas, poupando o tempo de ida até o escritório apenas para quando seja fundamental a presença física. 

 

Além das plataformas de aprendizagem mobile, muitas ferramentas já estão utilizando a gamificação, trocando as velhas orientações e longos textos por interatividade com o colaborador. O aprendizado em formato de jogo passa a ser mais efetivo e é comprovado por diversas teorias, como a de John Dewey, conhecido como a Teoria do Aprender Fazendo. Ele defende a educação como um processo de reconstrução e reorganização das experiências adquiridas que irão influenciar as experiências futuras – e nada melhor para viver essas experiências do que as simulações virtuais oferecidas pela tecnologia. 

 

E quando falamos de simulação, adentramos um universo amplo. Desde o uso de inteligência artificial, que simula as melhores formas de aprendizagem para cada indivíduo, que também aprende com seus erros, até a realidade virtual, revivendo com projeções e óculos 3D todas as atividades do dia a dia profissional. 

 

Os simuladores atuais de treinamento, capacitação e reforço de conceitos no ambiente corporativo vão desde plataformas que simulam discussões e problemas do negócio a serem resolvidos, até simuladores bastante específicos e robustos, como carros e caminhões reforçando a direção segura, e grandes estoques ou ambientes virtuais para interação em um misto de realidade virtual e ambiente real.      

 

Em relação à personalização, as empresas também começaram a entender que, assim como alunos de uma escola, cada funcionário está em um estágio específico de aprendizado e precisa de mais ou menos estímulos para evoluir para outros níveis. Essa diferença entre um colaborador e outro precisa ser entendida e trabalhada pelas empresas para deixar de ser algo negativo e se tornar um fator positivo para as corporações.  

 

O psicólogo bielorrusso Lev Vygotsky (1896-1934) já defendia o que a tecnologia ajuda hoje a implementar: é necessário tratar cada aprendizagem de maneira individual.  O segredo é tirar vantagem das diferenças e apostar no potencial de cada colaborador. Com plataformas conectadas, de aprendizado e de controle diário do trabalho, é possível cruzar informações e oferecer um conteúdo exclusivo para o que cada funcionário precisa desenvolver. 

 

A distância entre o que já se sabe e o que se pode saber com alguma assistência, batizada por Vygotsky como zona proximal, é o ponto que a tecnologia consegue potencializar em cada indivíduo, gerando um desenvolvimento real: uma evolução, não uma repetição.  

 

Por fim, entram nos processos de aprendizagem os robôs. Seja orientando com informações e chatbots, seja como robôs físicos que interagem em treinamentos com os funcionários para ajudá-los a entender a interação com clientes, colegas de trabalho e até mesmo com as máquinas que ele deverá manipular no dia a dia.  

   

Com tantas frentes de uso da tecnologia na aprendizagem corporativa, cresce o conceito de Blended Learning (aprendizado misturado), que defende como solução ideal a mistura de diversas ferramentas de aprendizado. Assim, temos o conjunto da abordagem presencial, vídeos, videoconferências, e-learning, realidade virtual, gamificação, bots e simuladores nos mostrando que, com uma tecnologia munida de inteligência artificial, também estamos criando negócios muito mais inteligentes.  

 

Sobre o Autor   

A tegUP é uma aceleradora de startups e braço de inovação aberta da Tegma Gestão Logística. A aceleradora apoia startups e empresas de tecnologia transformadoras que ofereçam produtos, serviços e tecnologia relacionados ao universo da Logística, apresentem alto potencial de evolução e necessitem de algum tipo de suporte para acelerar seu crescimento.    

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Crowdshipping: entenda o termo

Pessoas comuns fazendo entregas da maneira que preferirem, com prazos e preços combinados individualmente. Essa seria uma definição de algo que sempre aconteceu, em maiores ou menores escalas, dependendo do local e do país, mas que hoje tem tomado outras proporções. 

 

Isso porque plataformas online estão sendo criadas para reunir os entregadores, conectá-los ao usuário final e realizarem, assim, a prestação de um serviço que propõe ser rápido e de baixo custo, substituindo as formas tradicionais de entrega e logística. 

 

Conhecida como Crowdshippingessa técnica remete à multidão (Crowd) e remessa (Shipping), tendo como objetivo o ganho em larga escala, pela disponibilidade de entregadores onde for, a hora que for, sem vínculo direto com a empresa.     

 

O meio de transporte também muda. Em vez da frota tradicional, quem faz o serviço pode optar pelo que tem em casa, seja carro, bicicleta ou mesmo a pé. Já quem compra o serviço tem a vantagem de poder escolher meios menos poluentes, fazendo uma escolha mais consciente ao planeta. 

 

Em todo o mundo, os serviços de crowdshipping estão crescendo e uma pesquisa recente da consultoria eMarketer aponta que esse ramo deve movimentar cerca de US$ 4 trilhões em 2020. 

 

Claro que nem só pontos positivos esse termo traz. Do ponto de vista de risco, acaba sendo muito maior o risco de deixar suas entregas nas mãos de indivíduos e não de uma empresa, tanto pelo possível extravio como pela falta de controle de rastreamento do produto e do meio de transporte da entrega – assim como o histórico pessoal de quem está fazendo sua entrega.  

 

Em caso de extravio ou troca de produto, a regra que vale também é da plataforma utilizada. Se ela tem seguro contratado, com trâmites que são possíveis de serem cumpridos pelo usuário, sem que haja má fé das partes envolvidas, o prejuízo pode ser minimizado. Mas, ainda assim, ele é bastante presente.  

 

Outro ponto que tem incentivado o crowdshipping é a redução da circulação de caminhões nas zonas urbanas, fazendo com que sejam necessários horários restritos de entrega ou mudança de veículos de grande porte para outros não restritos. Para entregas emergenciais, são os indivíduos cadastrados nas plataformas de crowdshipping os mais aptos a realizarem as entregas nos perímetros urbanos. 

 

Soma-se a esse fato o crescimento constante do e-commerce. Desde 2014, enquanto a economia brasileira passou anos seguidos de crescimento inferior 1%, incluindo dois anos de retração, o e-commerce no Brasil manteve sua trajetória positiva. 

 

E ainda há potencial. O comércio online em 2017 movimentou perto de R$49 bilhões no Brasil, enquanto o varejo no geral movimenta em torno de R$1,39 trilhões – isso significa que o e-commerce está apenas em 3,5% do total do varejo nacional (número que nos EUA se aproxima de 12%). 

 

Com todo esse crescimento, o ponto mais descoberto é justamente o que o crowdshipping diretamente ataca: o last mile delivery, como é chamada a operação de entrega final de produtos ao consumidor em centros urbanos. 

 

E esse não é mais um mundo restrito às startups. Notícias recentes sobre os Correios, por exemplo, já apontaram que eles estão estudando de perto esse filãoplanejando uma modalidade de entrega baseada em aplicativo que lembra o Uber, mas para pessoas normais, com seus veículos próprios, realizarem entregas. Ao que tudo indica, a empresa de transporte e logística já está em negociação com uma empresa de tecnologia para lançar o aplicativo.

 

Outras muitas devem surgir nos próximos anos, sejam startups ou grandes corporações, realizando esse movimento de descentralização das entregas, ancorado na tecnologia. Basta estarmos todos atentos: empresas tradicionais buscando a modernização e a cooperação com startups e empresas de tecnologia; e cidadãos cientes de que serviços estão contratando, dos riscos que estão assumindo e nas mãos de quem estão colocando seus produtos. 

 

Sobre o Autor   

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