Sabe o que é Intelligent Digital Mesh?

Por: tegUP, aceleradora de startups. 

 

 

O avanço da tecnologia nos leva, muitas vezes, à fragmentação e ao aprofundamento em temas bastante específicos, como a evolução do data analytics ou features de realidade aumentada para resolver problemas bastante peculiares. Mas, quando analisamos para onde a tecnologia está evoluindo, há um conceito que une todas as pontas fragmentadas. É uma espécie de malha digital inteligente, onde tudo se conecta. 

 

Intelligent Digital Mesh, ou malha digital inteligente, é o ambiente em que se unem pessoas, dispositivos, serviços e objetos conectados para o perfeito funcionamento de um negócio.    

 

Apontada como uma das principais tendências para 2019, ela pode ser definida como o cenário futuro caracterizado por dispositivos inteligentes entregando serviços digitais com cada vez mais significado e valor, em qualquer lugar onde você esteja.  

 

Se analisarmos palavra a palavra, temos três itens importantes para uma tecnologia fazer parte dessa malha digital inteligente: 

 

Intelligent: não se trata de mais conhecimento, mas sim de mais inteligência artificial sendo aplicada em tudo o que nos rodeia. A aprendizagem de máquina, por exemplo, pode ser ainda muito ampliada e há diversas tecnologias que ainda não são autônomas e passarão a ser. Com o uso de IA em todas as tecnologias futuras que existirem, teremos a criação de novas categorias de produtos e serviços que hoje não existem ainda. 

 

Digital:ainda vemos muitas tecnologias que aplicam uma realidade virtual no mundo real, mas, no geral, de forma pontual, sobrepondo um mundo ao outro para uma interação específica, em determinado tempo e espaço. Quando pensamos no digital do futuro, pensamos em uma união de digital e físico, um ambiente em que a gente não pare para reparar o que é de um mundo e o que é de outro – também chamado por alguns especialistas de “mundo imersivo”. 

 

Mesh:a malha é o que faz essas tecnologias e os dois mundos – virtual e real – coexistirem e, mais que isso, unirem-se de ponta a ponta, da vida das pessoas aos negócios de empresas. A conexão mais ampla entre grupos de pessoas, negócios, dispositivos, conteúdos e serviços é o que define essa malha. 

 

Alguns exemplos de uma malha digital inteligente estão na relação com os clientes, quando tecnologias são desenvolvidas para interagirem entre si e cumprirem as demandas do consumidor, de ponta a ponta, desde quando ele entende que há uma demanda por compra, até quando ele não tem mais interesse no produto e quer descartá-lo.  

 

Por exemplo, quando uma geladeira que entende os hábitos de consumo dos moradores da casa automaticamente avisa que um produto está acabando e sugere a compraconectando-se ao mercado mais próximo. Um sistema online de pedidos e uma rede conectada para entrega fazem com que o produto chegue em poucos minutos na casa do cliente – indo até a reciclagem ou descarte correto do produtoações que também podem ser feitas com o uso de tecnologia. 

 

Para esse ecossistema inteligente funcionar, também há uma grande necessidade de plataformas que permitam essa conexão entre tecnologias e a comunicação com o mundo real. Entende-se por mundo real: a comunicação com pessoas ou com objetos conectados, que farão ações que impactarão as pessoas, como robôs entregadores e assistentes virtuais.     

 

Quem desenvolve hoje uma tecnologia, além de precisar criá-la dentro desses três itens da malha digital inteligente, precisa entender também que seu produto fará parte de sistemas tecnológicos maiores, ou seja, não será possível funcionar sozinho ou não estar conectado a outras redes.  

 

Por sua vez, para conectar-se a esses novos sistemas, é necessário estar em um patamar de constante evolução. Consultorias apontam que, até 2020, as novas plataformas e serviços para a Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial e sistemas conversacionais serão o foco de evolução, tudo viabilizado por meio de APIs e integrado a outras plataformas de mercado. 

 

Crescerão e se manterão no mercado consumidor apenas aquelas tecnologias que conseguirem fazer parte de sistemas mais adaptáveis, flexíveis e potencialmente autônomos.  

 

Sobre o Autor 

tegUP é uma aceleradora de startups e braço de inovação aberta da Tegma Gestão Logística. A aceleradora apoia startups e empresas de tecnologia transformadoras que ofereçam produtos, serviços e tecnologia relacionados ao universo da Logística, apresentem alto potencial de evolução e necessitem de algum tipo de suporte para acelerar seu crescimento. Saiba mais: www.tegup.com.

Mudança tecnológica ou social?

O Brasil tem 17 milhões de pequenos negócios, que representam 99% do total de empresas do país e 52% dos postos de trabalho, segundo o Sebrae.

Os negócios de impacto social têm movimentado cerca de US$ 60 bilhões no mundo, com aumento aproximado de 7% ao ano, segundo levantamento da Aspen Network of Development Entrepreneurs, uma rede de empreendedores de países em desenvolvimento. Nesse universo, o Brasil ocupa lugar privilegiado: é o segundo maior mercado de negócios de impacto social na América Latina.

De um lado, temos um volume gigante e ascendente de empreendedores. Do outro, a globalização, a mão de obra disponível e o acesso crescente à informação para o desenvolvimento de tecnologias locais. Nesse contexto, é natural o surgimento de negócios focados em tecnologia, mas que possuem um objetivo maior do que o lucro pelo lucro.

Em dezembro de 2018, o World Summit Awards (WSA), iniciativa global que conta com o apoio das Nações Unidas e reconhece os conteúdos digitais mais inovadores do mundo, com foco principalmente no impacto e melhorias propiciadas às suas comunidades, teve um vencedor brasileiro.

A AVISA – Assistente Virtual para Inclusão Social e Autonomia – foi o projeto premiado. Trata-se de um conjunto de aplicações para ajudar pessoas com problemas de visão a lidarem com tecnologia em dispositivos mobile, como celulares e tablets. Os apps oferecem um assistente virtual inteligente, com capacidade de diálogo com o usuário, utilizando técnicas de processamento de linguagem natural.

Os apps CPqD Alcance, CPqD Alcance+ e CPqD Facilita permitem que cegos ou pessoas com visão reduzida, idosos e pessoas com baixo letramento consigam utilizar seus smartphones. Assim, levam para esse grupo de pessoas mais autonomia, privacidade e bem-estar.

Nós vivemos hoje em um ambiente completamente diferente – através da revolução do mobile, do surgimento da era dos algoritmos – dados se tornaram um capital na mesma medida que a força de trabalho, terras, dinheiro ou máquinas. (…) é mais importante que nunca destacarmos os conteúdos em tecnologia que realmente oferecem soluções sociais e impactam. A WSA mostra inovações que usam ICT (tecnologias da informação e comunicação) para conexão social. É conectar para impactar”, diz o presidente da associação, Peter A. Bruck.

A premiação WSA é dividida em várias etapas e tem 8 categorias premiadas. Ao lado do projeto brasileiro, foram escolhidos outros de mobilidade, combate ao preconceito e à desigualdade, educação, entre outros temas.

Por exemplo, o GirlyThings, um app paquistanês para empoderar as mulheres de seu país a reduzirem a desigualdade; o Grasshoppers, do Sri Lanka, um app de e-commerce que está incentivando o empreendedorismo no país; o Feelif, na Eslovênia, oferecendo IoT (Internet das Coisas) para apoiar cegos no dia a dia; e o M-Shule, do Quênia, que está melhorando a educação do país ao usar inteligência artificial (AI) para conectar estudantes.

Mais que obter o simples lucro, o que define todos esses negócios é o objetivo de gerar transformação nas comunidades em que estão inseridos. “Os [negócios] que estão surgindo hoje, a grande maioria são startups, são jovens que começam a olhar para a base da pirâmide como uma oportunidade para também atender um anseio de contribuir pra uma causa”, explicou recentemente em uma entrevista Célio Júnior, Gerente de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade do Sebrae.

Quando falamos de transporte e logística, há ainda um universo inteiro de possibilidades sendo geradas no Brasil e no mundo. Uma bastante interessante é um projeto de drones para ajuda humanitária.

Para pessoas que vivem em áreas remotas, ir ao médico ou fazer exames pode ser algo muito difícil. Por isso, drones estão sendo usados para transportar suprimentos médicos ou recolher amostras de sangue para realização de testes em laboratórios e rápida descoberta de doenças. Algumas empresas já usam essa tecnologia há anos, como a californiana Zipline, que usa drones para entregar sangue para transfusões em Ruanda e na Tanzânia (percursos com cerca de 150km). Com a evolução dos drones, essas empresas podem ir ainda mais longe, realmente atendendo áreas remotas.

Também com aplicação no mundo inteiro, outro app, o World Cleanup, criado na Estônia pela fundação Let’s Do It!, em código aberto e em parceria com centenas de voluntários ao redor do mundo, realiza ações de coleta de lixo e sustentabilidade. A plataforma desenvolvida mapeia o lixo no mundo, permitindo o upload da localização exata, tipo, tamanho e imagem do lixo, que pode assim ser coletado por voluntários, prefeitura, ou utilizado por empresas para a reciclagem – mercado em crescimento e ainda com alto potencial de expansão.

O melhor de tudo: negócios sociais não têm apenas propósitos, têm investimentos reais. Uma pesquisa feita com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) mostrou que foram alocados US$ 1,3 bilhão em investimentos de impacto na América Latina em 2014 e 2015. O Brasil foi o segundo maior mercado da região e continua crescendo, a passos largos.

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Sobre o Autor 

A tegUP é uma aceleradora de startups e braço de inovação aberta da Tegma Gestão Logística. A aceleradora apoia startups e empresas de tecnologia transformadoras que ofereçam produtos, serviços e tecnologia relacionados ao universo da Logística, apresentem alto potencial de evolução e necessitem de algum tipo de suporte para acelerar seu crescimento.  

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Infoentretenimento cresce em veículos

Os carros conectados, cada vez mais tecnológicos e com internet integrada em seus sistemas, estão abrindo as portas para uma indústria ainda pouco explorada: a de sistemas de entretenimento dentro dos veículos. O crescimento deste universo de entretenimento promete ser enorme nos próximos anos.  

Ao lado dos sistemas de segurança e da direção assistida, que também se beneficiam do ecossistema dos carros conectados à internet, o Infotainment une informação e entretenimento para levar mais conforto, facilidade e diversão para motoristas e passageiros. E, claro, além dos benefícios ao usuário, esses sistemas passaram a ser diferenciais de grandes marcas no acirrado mercado de veículos de luxo. 

Na própria transmissão de músicas e vídeos, os sistemas estão evoluindo. Em vez de demandarem ao motorista mudar seu ponto de atenção da rodovia para o aparelho, boa parte deles já permite trocar músicas e acionar vídeos no próprio volante ou com comandos de voz, lembrando que a segurança precisa ser o maior ponto de atenção de qualquer evolução tecnológica.   

Algumas linhas populares também já estão recendo diferenciais de Infoentretenimento. A Ford tem um sistema que se conecta com smartphones Android ou iOS e permite que os motoristas e passageiros acessem aplicativos por meio de comando de voz. Entre os aplicativos estão o Spotify, para ouvir música, e softwares para localização de estacionamentos próximos ou para ligações direto pelo aparelho do carro.  

Chamada Sync, essa tecnologia da Ford, criada em open source (código aberto), já está sendo também utilizada no Brasil por outras montadoras, como a Toyota. Ele permite que se faça e receba ligações e, através do AppLink,  projeta automaticamente o seu aplicativo de navegação na tela do veículo, para que quem estiver dirigindo não precise acompanhar o caminho pelo celular. Se não bastasse, a tecnologia também consegue ler suas mensagens de texto do celular pelo sistema de áudio do seu carro.  

No exterior, fabricantes, montadoras e empresas de tecnologia criam suas versões e softwares. A LIVE, por exemplo, é uma plataforma para carros conectados que integra sistemas de entretenimento em veículos da próxima geração, fazendo a conexão tecnológica com aquilo que o usuário demanda e o que a tecnologia de um carro permite integrar em seus sistemas sem sobrecarregá-lo.    

A AVE AutoMedia, umas das mais conhecidas empresas de tecnologia para mobilidade, tem trabalhado em uma série de aplicações para carros conectados e devices que não são integrados aos automóveis, mas que são criados para serem usados dentro deles.   

A SHARE, por exemplo, é uma solução da AVE desenhada para idosos, médicos e serviços especializados, com funções específicas de conexão que esses grupos demandam. E há muitas outras mais.  

Com a simples conexão que a tecnologia AVE proporciona ao aparelho de som e vídeo, a conexão com o ambiente externo também surge. Ela já permite que marcas transmitam conteúdo multimídia para dentro dos veículos, aproveitando situações da direção para oferecer facilidades para o motorista, atender a grupos, personas específicas e, claro, vender mais.   

Em um futuro não muito distante, o entretenimento ganhará ainda novas dimensões. Os carros autoguiados, que estão o tempo todo “dirigindo” entre um ponto e outro, poderão ganhar tecnologias dedicadas ao entretenimento – que permitam assistir Netflix ou fazer compras pela internet.  

Mais um passo além: com a realidade aumentada aliada a veículos autônomos, o interior do carro pode se transformar no que você quiser. Especialistas desse setor já sugeriram algumas ideias: o sistema de realidade aumentada do carro dando oi automaticamente quando cruzar com algum amigo seu no trânsito ou transformando o teto do carro em um incrível céu estrelado para projetar as constelações com realidade aumentada. Assim, enquanto pega uma estrada, você pode observar o céu com as crianças. 

 

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Sobre o Autor 

A tegUP é uma aceleradora de startups e braço de inovação aberta da Tegma Gestão Logística. A aceleradora apoia startups e empresas de tecnologia transformadoras que ofereçam produtos, serviços e tecnologia relacionados ao universo da Logística, apresentem alto potencial de evolução e necessitem de algum tipo de suporte para acelerar seu crescimento.  

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12 perguntas para João Porto, Sócio-fundador da TrackerUp

Imagine que você está com pouco dinheiro, mas com muita dor. Você vai à farmácia e compra um remédio (uma pílula), mesmo que caro, para passar a dor. Talvez compraria também algumas vitaminas. Agora, se você está com pouco dinheiro, você compraria apenas a pílulaEla resolve um problema, ou seja, você irá pagar por ela! Já a vitamina, é legal ter, mas se você precisar reduzir custos, será o primeiro item a cortar 

 

Essa é a visão de mercado que guiou – e continua guiando – o desenvolvimento da TrackerUp, startup que criou um sistema de monitoramento de equipes externas simples e eficiente. Acreditamos muito no conceito Pílula versus Vitamina”, explica João Porto, sócio-fundador da empresa. “Acreditamos que, no mercado B2B, você precisa reduzir custos e/ou otimizar tempo e/ou gerar mais resultados para o cliente. Caso contrário, não há motivo para ele te contratar.” 

 

A empresa foi criada com o objetivo de reduzir um problema que é inerente muitos setores: a necessidade de acompanhamento do trabalho de equipes externas. “A Nossa estratégia sempre foi ser uma ferramenta simples para o usuário final e de fácil integração para a empresa”, explica Porto. Com esse objetivo e em busca pela simplicidade de uso e pelo baixo custo de implementação, a TrackerUp conseguiu chegar a resultados significativos: redução de 30% nos gastos com combustível e aumento de até 30% na produtividade dos funcionários. 

 

Na entrevista abaixo, João Porto conta o caminho percorrido até agora nessa jornada, e conta sobre a participação no programa de aceleração dtegUP, em 2017. Confira:   

 

 

tegUP: A TrackerUp foi criada para ser um sistema de monitoramento de equipes externas simples, personalizado e completo. No dia a dia, em que ele se difere dos demais sistemas de monitoramento disponíveis no mercado?  

João Porto: Nossa grande diferença está em 4 pontos: 

1 – Last Mile – não somos um CRM/ERP/Dispacth, nos conectamos ao sistema do cliente,  facilitando as integrações e temos baixo custo de implementação; 
2 – Simples e intuitivo para o usuário de campo;  

3 – Facilidade de novas customizações;  

4 – Rastreamento e rotas do usuário com precisão.  

 

tegUP: Esse serviço surgiu de uma demanda do mercado ou foi uma inovação vinda de algum benchmark ou outro mercado?  

JP: Em cima das dores conhecidas, foi criado o sistema com base em alguns pilares: 

1 – Controle da jornada do funcionário; 

2 – Controle de quilômetros rodados; 

3 – Controle de SLA’s; 

4 – Check-list e OS’s customizáveis. 

 

tegUP: Qual foi a evolução desse sistema desde seu nascimento até hoje? Houve muita mudança? 

JP: O sistema evoluiu muito e segue evoluindo. Tivemos diversas mudanças e criação de novas funcionalidades, pois nosso objetivo é resolver os problemas e dificuldades encontrados nas relações de trabalho nas quais empregado e empregador não ficam no mesmo ambiente, com baixo custo e de forma simples, não importando o segmento. Hoje atendemos empresas de facilities, transportadoras, varejistas, comércio, assistências, etc. 

 

tegUP: Por que buscaram o empreendedorismo e, especificamente, por que na área de logística? 

JP: Empreender sempre esteve no DNA da família dos fundadores. Todos possuem famílias com histórico de empreendedores. Nossa ferramenta não está focada no setor logístico, mas atende 

ao setor muito bem, pois somos focados em todas as empresas que possuem equipes externas. 

 

tegUP: Vocês atendem com esse sistema um público bastante amplo. Essa foi uma estratégia para ampliar o potencial de mercado desse produto? Conte um pouco sobre o público target de vocês.  

JP: Nossa estratégia sempre foi ser uma ferramenta simples para o usuário final e de fácil integração para a empresa. Com isso, identificamos que existiam várias ferramentas de monitoramento de equipe de campo, mas era o cliente que tinha que se adequar a ela, e não a ferramenta que se adequasse às necessidades do cliente. 

 

tegUP: O trackerUP tem como foco a redução de custo e otimização de tempo. Essa é uma frente que vale a pena investir? Há outras frentes de atuação que vocês também enxergam com esse potencial?   

JP: Acreditamos que, no mercado B2B, você precisa reduzir custos e/ou otimizar tempo e/ou gerar mais resultados para o cliente. Caso contrário, não há motivo para ele te contratar. Acreditamos muito no conceito “Pílula vs Vitamina”. 

 

tegUP: Por que vocês buscaram o programa da tegUP? Quais eram as expectativas? 

JP: Estamos com muitas grandes empresas nos procurando e precisávamos de ajuda para nos organizarmos e estruturarmos melhor nosso time. Fomos atrás da TegUP para que ela pudesse nos ajudar com isso e ser uma parceira para desenvolvermos aplicações focadas nas dores da logística. 

 

tegUP: Como foi esse processo de participação na tegUP 

JP: O processo foi de grande valia para nós, nos ajudou muito a nos prepararmos para negociações com grandes empresas e o que esperar. 

 

tegUP: Nota-se uma grande diferença de quando vocês entraram no programa da tegUP para a atuação da empresa hoje? 

JP: Hoje estamos muito mais maduros e já temos projetos com multinacionais. 

 

tegUP: Quais são agora os planos da TrackerUp?   

JP: Nosso plano é a consolidação do mercado brasileiro e estamos nos preparando para a internacionalização. 

 

tegUP: Como vocês enxergam esse mercado atual de startups de logística? Há espaço para crescimento e inovação? É um caminho muito complexo a ser traçado? 

JP: Não estamos focados apenas no setor de logística, mas, pelo que podemos observar, acreditamos que esse é um setor que vai ser totalmente revolucionado, assim como o setor financeiro, health, etc. Mas o setor logístico terá um impacto muito grande no consumo, pois a tendência é o produto final ficar mais barato e acessível ao consumidor final. 

 

tegUP: De tudo que aprenderam nesse período, quais são as principais lições que deixam para quem está desenvolvendo ou planejando desenvolver uma startup?      

JP: A primeira coisa é “no plan B”. Quando você não tem um plano B, é mais fácil ser resiliente. Entre de cabeça, 100% no projeto! Segundo, é o seu time. Todos têm que possuir os mesmos valores, mas com habilidades diferentes. Haverá muitos conflitos ao longo do caminho, mas os valores é que vão mantê-los juntos! E, por último, erre rápido e pivote, não tenha medo de mudar todo seu BP! Uma frase que gosto muito é do Reid Hoffman:“se você não se sentir envergonhado pelo produto que está lançando, então você o lançou tarde demais”. 

 

 

Sobre os fundadores da TrackerUp: 

 

João Porto – formado em administração de empresas pela Fundação Armando Alvares Penteado. Trabalhou no Unibanco AIG, Royal Bank of Canada, BTG Pactual e foi CEO da empresa PC Service Informática. Alguns trabalhos em paralelo: consultoria na China para a Suzano, Diretor de Responsabilidade Social na ABRAT e membro do comitê de gestão do LIDE Futuro. 

 

Luiz Eduardo Porto - formado em administração de empresas pela UNA, pós-graduado um Gestão Financeira pela Fundação Don Cabral. Profissionalmente trabalhou como gerente financeiro no Grupo Valence Veículos e permanece hoje como CEO da Commemorare. 

 

Glayson Ramos  formado em comunicação social pela Uni-BH e com 19 anos de experiência em comunicação e desenvolvimento web, já desenvolveu e atuou em grandes projetos nos três setores, atendendo empresas e entidades como Coca-Cola, Governo de Minas, Fiat Automóveis, CopasaSquadra, Vale, SicoobAbrampa, AMDA e outras.  

 

Tiago Ramos - formado em Ciência da Computação pelo UNIFOR-MG, começou sua carreira na UNIFOR-MG, desenvolvendo sistemas. Contratado pela CPM Braxis, (hoje Capgemini), trilhou todo o caminho de analista júnior a especialista regional responsável por Minas, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo, desenvolvendo projetos para empresas como OI, SEF-MG, FNDE, Brasil Telecom, Itaú, VIVO, Tesouro Nacional, TIM, V&M, USIMINAS, Acellor Mitall, Vale e outras. 

10 perguntas para Pedro Neves, Diretor da tegUP

Quando uma startup decide abrir as portas para se apresentar ao mercado, ela se depara com os mais variados tipos de pessoas e empresas, fazendo propostas das mais escusas às mais tentadoras. Ao escolher uma aceleradora para se associar, antes de mais nada ela deve conhecer quem está se propondo a ajudá-la e porquê.  

 

Na tegUP, o propósito foi definido antes do negócio em si, olhando não a curto prazo, mas buscando startups que tenham uma visão sustentável no mercado, que busquem romper os formatos preestabelecidos com organização, estrutura e plano de crescimento.  

 

Assim começou a tegUPem seu primeiro programa de aceleração, em 2017. E, mantendo seu propósito, a empresa continua o caminho que traçou em sua segunda fase de aceleração.  

   

“Olhar para o mercado como um todo, romper modelos, valorizar quem está fazendo melhor” são alguns dos princípios que Pedro Neves, Diretor Executivo da tegUP, aponta para a empresa e aprofunda em entrevista concedida ao nosso blog. 

 

tegUP: Como e por que foi criada a tegUP? Vocês foram pioneiros?  

Pedro Neves: A ideia da tegUP surgiu quando, olhando para a área de TI da Tegma (empresa responsável pela aceleradora e uma das maiores empresas de logística do país), vimos que era necessário ter uma visão bimodal, seguindo as tendências mais recentes do mercado. Não era possível sustentar um ambiente legado, tradicional de TI, com todo seu backlog e, ao mesmo tempo, avançar nos temas inovação e transformação digital.  

 

O negócio precisa que o avanço ocorra nas duas frentesde forma a fortalecer a arquitetura base, tornando-a escalável de forma concomitante com as iniciativas de soluções digitais complementares ou disruptivas.  

 

Assim, ainda em 2016, buscamos algumas startups, como fornecedores da Tegma, e chegamos a fazer prova de conceito com uma delas, mas vimos que poderia ser algo muito infrutífero fazer isto de forma desestruturada, sem um plano de maior prazo.  

 

A partir dali, entendemos que esse movimento era necessário e fundamos um plano de aceleração, com um propósito de revolucionar a logística por meio da transformação digital.  

 

O pioneirismo em logística foi por acaso, descobrimos depois do lançamento.  

 

tegUP: Como vocês entraram nesse universo de startups? 

PN: Nós entramos como uma startup, com pensamento disruptivo, provocando o status quo da empresa, com forte patrocínio da alta direção com grande destaque para o executivo de Logística Automotiva e Marketing Lucas Schettino, que apoiou e defendeu a iniciativa desde o início e continua sendo um dos maiores parceiros e promotores da tegUP. 

 

Começamos em 2016 com planejamento e, em 2017, com o 1º programa, que teve um ano de duração. Mesmo com baixíssimo investimento em divulgação, o programa trouxe muitas startups interessantes. Foram 64 inscritas; 33 passaram para a segunda fase, 12 atingiram a fase seguinte e quatro foram premiadas. Com isso, vimos que era um programa que valia a pena ser recorrente. Em 2018, temos percebido que as startups gostaram de se aproximar da Tegma e já estamos no 2º ciclo. 

 

Também merece destaque que tivemos um grande apoio da consultoria Upaya, principalmente com a figura do Cileneu Nunes, que já atuava como mentor de startups há algum tempo. 

 

tegUP: Quais foram os principais ganhos que eles relataram?   

PN: Primeiro, conseguimos ajudar no direcionamento de alguns produtos desenvolvidos, especificamente no segmento de logística. Muitas vezes, os empreendedores têm um bom produto, bem estruturado, que precisa de pequenos ajustes para crescer 

 

Avaliamos também que nosso networking com o mercado corporativo pode facilitar o acesso das startups a uma rede de clientes amplificada e robusta. 

 

Inclusive, hoje a tegUP tem clientes que não são clientes Tegma, o que foi uma surpresa neste curto tempo de vida.  

 

tegUP: Como foi a aproximação das startups com essas empresas?       

PN: Foi surpreendentemente positiva. O interesse do mercado corporativo pela inovação é grande e criamos a figura do mantenedor para acomodar adequadamente a participação e atendimento deste cliente.  Há um mercado corporativo que quer se aproximar da inovação e busca parceiros para auxiliar nessa aproximação, principalmente em áreas específicas, como a de logística. A Gerdau, por exemplo, hoje é mantenedora da tegUP. Como mantenedora, a empresa pode receber os materiais e classificações das avaliações das startups, ser avaliador dos pitchs junto à tegUP, além de indicar seus profissionais como avaliadores. Promovemos também dias de desafio para inovação, aplicando design thinking, dentre outras metodologias para resolução de problemas.     

 

tegUP: Quais são os diferenciais da tegUP comparada às demais aceleradoras do mercado? 

PN: O foco, conhecimento e especialização em logística, a facilidade de atuar com inúmeros parceiros e a facilitação para as execuções de Provas de Conceito (POC´s) em grandes empresas têm-se demonstrado um diferencial perante outras iniciativas. Temos parceiros com bastante conhecimento em áreas diversas e que apoiam as startups. 

 

tegUP: Qual foi a percepção de vocês no primeiro ano do programa e da seleção de 2018? 

PN: Tivemos 64 startups com inscrições válidas no ano passado e, agora, em 2018, tivemos 65 startups, sendo 40 boas candidatas, com muita aderência com nosso negócio. Ou seja, atraímos as empresas que buscávamos. Não oferecemos prêmios em dinheiro, queremos atrair os empreendedores engajados, que tem paixão e acreditam no que fazem. Importante citar que, dentre as ideias que recebemos em 2017percebemos uma evolução das mesmas, quando do retorno delas, um ano depois.  

 

tegUP: E como está esse universo de startups? 

PN: São poucos os oceanos azuis. Temos muitas empresas concorrendo nos mesmos nichos (internet das coisas, tracking/monitoramento de cargas, etc.), mas muitas oportunidades. Especificamente para o mercado de logística vemos muitas possibilidades de uso de soluções apresentadas pelas startups de forma praticamente imediata nas operações em funcionamento, agilizadas pelas estruturas de Cloud e SaaS. Avaliamos que futuramente haverá uma acomodação e talvez consolidação das soluções. Mas aí, entendemos que passaremos para uma próxima camada de desafio. É um ambiente muito rico. Colaboramos com conhecimento, mas aprendemos muito nesse ambiente de teste, de erro permitido. Percebemos também uma proliferação de empresas abrindo frentes de inovação sem planejamento de proposição de valor e continuidade. 

  

tegUP: Como vocês oferecem conhecimento especializado a essas startups? Quais são as áreas dos profissionais que realizam o mentoring? 

PN: Além do nosso conhecimento em logística, contratamos especialistas para ajudar, como especialistas em marketing digital e pessoas do mercado de venture capital para falar sobre capital de risco, além de profissionais de outras verticais.    

  

tegUP: E há investimentos diretos sendo feitos para as startups escolhidas? 

PN: Analisamos com profundidade, durante três meses, as quatro empresas que selecionamos ano passado, e vimos que, nesse período, as empresas já receberam várias propostas do mercado. Já temos uma que foi selecionada para receber um aporte e estamos em processo de due diligenceVemos que estamos com um mercado aquecido para este tipo de investimento.  

 

tegUP: E qual o futuro que você vê para esse mercado? 

PN: Temos uma transformação de mercado em andamento, tanto no comportamento do consumidor, que se importa menos com a propriedade dos bens, da economia compartilhada e do uso da tecnologia aplicada, que muda completamente o status quo. Por conta disso, muitos modelos de negócios disruptivos continuarão a surgir e evoluir. Repensar o próprio modelo de negócio faz parte do processo de inovação. Não é um desafio de tecnologia pura, sabemos disso. Vemos que é um grande mercado potencial, com inúmeras possibilidades. 

 

tegUP: Qual a mensagem que deixaria para as startups? 

PN: Deixaria uma palavra de resiliência. Geralmente uma startup segue um caminho de contramão, provocação e de transposição de barreiras, mas sempre há espaço para boas ideias. 

10 perguntas para Ian Nunes, Gerente de Relações com Investidores na Tegma

Um dos principais passos para uma startup ser considerada realmente uma empresa promissora é o recebimento de um aporte financeiro. Nesse ecossistema de startups, os olhos e os bolsos são globais e o dinheiro circula em todo o mundo e em todos os setores. Mas há algumas peculiaridades no investimento em startups que diferem do comportamento dos investidores em outros ramos, indústrias e portes de empresas.    

   

No programa de aceleração da tegUP, por exemplo, há apoio de profissionais da área de investimentos para que as empresas incubadas entendam melhor como é o processo de captação de dinheiro no mercado, além, claro, a possibilidade de aportes vindos da própria incubadora ou por indicação dela. A própria Tegma, por ser uma empresa de capital aberto (com ações na bolsa de valores), segue uma série de diretrizes para atender aos anseios dos investidores.     

   

Para quem tem uma startup é fundamental saber se sua empresa está preparada para começar a captação e como funciona esse processo – para que entre nele no melhor momento e munido das melhores ferramentas e informações.    

   

Veja as dicas na entrevista abaixo, feita com quem tem mais de 10 anos de experiência nesse assunto: o Gerente de Relações com Investidores na Tegma, Ian Nunes.     

   

tegUP: Como responsável pela relação com investidores, convivendo com esse nicho diariamente, como você enxerga a busca desses investidores ao escolher a empresa certa para investir? Quais são os principais critérios que esses investidores adotam na hora de montar a carteira de investimentos?     

Ian Nunes: Existem todos os tipos de investidores, desde os que buscam mais agressividade até os mais conservadores. Mas é certo que todos buscam a consistência de argumento da empresa e uma estratégia coerente.    

   

tegUP: No caso da Tegma, que é uma empresa de capital aberto, que tipo de informações ou resultados os investidores buscam no dia a dia? Apenas o lucro importa?   

IN: O lucro é sim importante, mas outros fatores contam bastante, como potencial de crescimento em outros negócios (diversificação), alavancagem, geração de caixa, time de administração, turnos dos funcionários, medidas de sustentabilidade e governança, etc.   
     

tegUP: Quando falamos de tegUP e investimento em startups, você entende que as preocupações dos investidores são as mesmas na hora de escolher em que empresa investir?   

IN: Não, temos outro enfoque na análise de uma empresa já estabelecida e de uma startup. As realidades de risco são completamente diferentes e por isso é necessário ponderar o potencial de ganho e as possíveis inconsistências de estratégias na startup.   
     

tegUP: Há uma busca, no geral, dos investidores por empresas de logística? Por quê?   

IN: Sim, normalmente eles buscam empresas de logística como um meio para se ter exposição a um determinado segmento (como automóveis, e-commerce, etc.).   
   

tegUP: E há essa busca por empresas de tecnologia? Por quê?   

IN: Sim. Atualmente, porque se acredita que a economia do futuro será baseada na tecnologia digital. Portanto, se faz necessário ter uma presença em empresas que estejam lutando para descobrir soluções para problemas antigos que normalmente empresas grandes e estabelecidas não se preocupam tanto.   
   

tegUP: Tratando-se de startups, há alguns pontos que indicam que a empresa está apta a buscar investimentos no mercado?   

IN: O estágio da empresa para conseguir investimentos depende mais do tipo de investidor. Existem desde investidores propensos a investir em ideias até investidores que preferem uma empresa já em operação e mais estruturada.   
   

tegUP: Há diferença nessa busca de investimentos no Brasil e no exterior? As startups brasileiras também estão buscando lá fora? Se sim, por quê?    

IN: Acredito que, como as economias estão tão integradas, a busca por investimentos no mundo inteiro é baseada em soluções que ofereçam melhorias aos problemas do dia a dia e que existam em qualquer lugar. As startups brasileiras já estão captando no exterior, como a CargoX, a 99, entre outras.   
     

tegUP: Há maneiras de as empresas, seja a Tegma, a tegUp ou as startups aceleradas, ganharem mais atenção dos investidores de maneira geral?    

IN: As maneiras mais comuns são primeiro: ter uma estratégia definida, consistente e fácil de entender. E segundo: ter uma comunicação clara, que vá direto ao ponto, que seja abrangente e tenha transparência.   
      

tegUP: As startups que recebem grandes investimentos entram em uma nova fase de negócios ou no geral mantêm as atividades? O que muda nesse momento?     

IN: Normalmente, os aportes são destinados a aumentar a robustez dos sistemas da startup e para investimento comercial para crescimento. E, após os aportes, as startups entram em uma nova fase, com melhorias de governança e controles que dão mais segurança às suas operações.    

  
tegUP: A tegUP, como uma aceleradora que busca inovação e a perpetuidade da Tegma, é também uma maneira de entregar valor para a empresa e, consequentemente, para seus investidores? Por quê?   

IN: Sim. A Tegma acredita que, apesar de ter operações muito bem posicionadas em seus respectivos setores, precisa estar atenta às tendências de digitalização da economia e estar preparada para as demandas da indústria 4.0. Tudo isso vai demandar investimentos para que possamos criar soluções nas diversas áreas tecnológicas e continuar a ser uma pioneira na área de logística como fomos até hoje, mantendo também a atratividade da empresa junto aos seus acionistas.   

   

   

Sobre Ian Nunes, Gerente de Relações com Investidores na Tegma   

Formado em Economia pela Universidade Federal da Bahia e pela Université Paris Nanterre e tendo um BMA no Insper, Ian consolidou sua carreira na área de Investimentos, já tendo como um investidor anteriormente. Na Tegma há mais de 7 anos, interage com mais de 800 analistas por ano, além de agências e demais stakeholders do setor. Na tegUP, é membro do comitê, participando das entrevistas e análises de startups e dos critérios para seleção de empresas pela aceleradora.  

10 perguntas para Adalci Righi, Diretora de Relacionamento Institucional da Logpyx

A 4ª Revolução Industrial aconteceu na última década (e está acontecendo ainda em todo o mundo) com a ambiciosa meta de adoção de um conjunto de tecnologias emergentes de TI e automação industrial para gerar novos ambientes produtivos com intensa digitalização de informações e comunicação direta entre sistemas, máquinas, produtos e pessoas. 

 

Mais ambicioso ainda do que vislumbrar o Brasil adotando essas tecnologias na prática, foi o trabalho que começou a ser desenvolvido por uma startup do ramo de logística para aplicar os benefícios da Indústria 4.0 e da Internet das Coisas (IoT) no processo de carga e descarga de veículos: reduzir em 50% o tempo de veículos no pátio 

 

Revologuma plataforma de RTLS (Real Time Location System) da Logpyx, que possibilita a otimização de fluxos de veículos para logística de pátio, é o carro-chefe da startup e cumpriu esse ousado objetivo. A solução faz parte de uma linha de produtos com tecnologia de ponta, fazendo uso de recursos de Internet Industrial das Coisas, Otimização Matemática e estatística, pesquisa operacional, heurísticas e, claro, da Industria 4.0. 

 

Fazendo parte de um mercado de Indústria 4.0 que analistas globais indicam ter potencial de US$ 15 trilhões em 15 anos, a visão da Logpyx é bastante otimista sobre esse mercado. Estamos em um momento de mudança acelerada”, explica Adalci RighiDiretora de Relacionamento Institucional da Logpyx. “O potencial de ganho é enorme.” 

 

Leia abaixo a entrevista completa com a executiva da Logpyx. 

tegUP: Como foi criada a Logpyx? Ela surgiu a partir de uma demanda do mercado?  

Adalci RighiLogpyx surgiu de várias pesquisas na área de logística em indústrias da região de Minas Gerais e São Paulo. Na época, em 2015, os gestores desse segmento procuravam uma solução para evitar as multas da Lei do caminhoneiro que havia sido promulgada naquela época. A preocupação era de reduzir o tempo de permanência dos veículos no pátio para no máximo cinco horas, para ficarem em consonância com a Lei e não terem o custo adicional de estadia. 

 

tegUP: Porque a opção de iniciar uma startup no segmento de logística? Como você enxerga esse mercado? 

AR: Percebemos que a área de logística era uma área deficiente em tecnologia nas indústrias no Brasil. O potencial de ganho é enorme, por isso decidimos investir nesse mercado. 

 

tegUPQuais seus diferenciais das demais empresas do mercado?    

AR: Nós usamos uma tecnologia nova: IoT (internet das coisas) o que nos permitiu criar um produto diferenciado com um valor de gestão maior e com custo inferior. 

 

tegUPPor que buscaram o programa da TegUP? Quanto tempo a empresa já tinha quando entraram no programa? 

 

AR: Logpyx já existia há 2 anos quando entramos no programa de aceleração da tegUP. Buscamos a tegUP porque percebemos que se tratava de uma empresa forte no mercado em logística e capaz de nos alavancar comercialmente. Também percebemos a Tegma como uma investidora estratégica para a Logpyx 

 

tegUPQual foi a estratégia de vocês para serem vencedores desse programa? O que acha que levou a serem escolhidos? 

AR: A mesma estratégia de mercado: produto diferenciado em um mercado carente de inovação. Acreditamos que foi exatamente o produto que nos permitiu sermos escolhidos. 

 

tegUP: Como foi cada etapa desse processo? O que cada etapa teve de mais interessante?  

AR: A melhor etapa foi a avaliação para investimento. Foi um período no qual ficamos muito próximos do time da Tegma e criamos laços de amizade que vão além do negócio. Hoje, consideramos a Tegma uma parceira estratégica. 

 

tegUPOlhando a empresa quando entrou no programa de aceleração e hoje, já é possível ver uma diferença? Há mais iniciativas que estão por vir após essa fase de aceleração? 

AR: Sim, a Tegma alavancou negócios para a gente. Agradeço muito ao time de inovação e ao comercial da Tegma. Em breve teremos grandes notícias sobre essa parceria. E, sim, a nossa parceria continua. A Tegma está em contato com clientes estratégicos para a Logpyx e está nos apoiando nesses processos comerciais.   

 

tegUPLogpyx utiliza Internet Industrial das Coisas, Otimização Matemática e estatística, pesquisa operacional, heurísticas e Industria 4.0. Como começaram a aplicar esses conceitos em seus produtos? Foi um caminho fácil? 

AR: Não há nada fácil quando se trabalha com inovação. Foi muito sangue e suor para chegarmos a um produto robusto e escalável. Hoje, temos um produto capaz de atender a empresas com rigorosos processos de segurança e grande exigência de qualidade de informação.  

Somos capazes de informar com precisão qual doca um veículo ocupou e por quanto tempo, por exemplo. Tudo isso de forma automática, sem que haja necessidade de digitação de placas ou ação humana. 

 

tegUP: Como você enxerga o universo de startups com as quais convive? É realmente um mercado disruptivo no Brasil? 

AR: Sim. As startups vieram para mudar o modus operandi do mercado, seja ele na indústria, no comércio ou nas relações financeiras. Acredito que o mundo está vivendo um momento de reacomodação tecnológica.  

Estamos em um momento de mudança acelerada. Nossos netos terão um mundo diferente do nosso para viver e experienciar. 

 

tegUPTem alguma dica ou mensagem para outras startups que querem traçar esse mesmo caminho?  

AR: Não tenham medo de inovar e de testar coisas novas. Tenham medo de ficarem estagnadas, pois essa é a receita do fracasso.  

10 perguntas para Mário Rodrigues, fundador da Frete Rápido

Enquanto o mercado de logística estava acostumado a perder horas (e muita paciência) procurando transportadoras, negociando tabelas, assinando contratos e fazendo integrações, um estudante no Espírito Santo viu que era possível fazer diferente. 

 

A Frete Rápido foi criada em 2010, por Mário S. Venturini Rodrigues, junto a seus irmãos (hoje ainda sócios da empresa) para mudar esse cenário que era considerado na época – e ainda recentemente – sem solução. Para isso, estudou, testou e investiu seu tempo e dedicação em tecnologia e na estruturação de um negócio de sucesso, escolhido em 2017 para o Programa de Aceleração da tegUP.   

 

A startup se diferencia hoje no mercado de logística encontrando as transportadoras que podem fazer as entrega, apresentando as opções e permitindo que o cliente escolha qual deseja contratar eacompanhe em tempo real tudo sobre suas cargas, seus gastos, rastreios e performance em tempo real. 

 

A empresa, em poucos anos, já acumula entregas realizadas em mais de 44 mil diferentes faixas de CEP e mais de R$ 2 bilhões de Nfes (Nota Fiscal eletrônica) emitidas. Em 2016, foi a única startup brasileira de logística a compor o Pacto Global da ONU, que atua em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), gerido por  organizações de referência em sustentabilidade e empresas líderes em setores estratégicos para a economia brasileira. 

 

Abaixo, Rodrigues responde 10 perguntas para contar em detalhes como foi esse processo e quais os passos mais importantes que hoje inspiram outras startups a alcançarem o patamar alcançado pela Frete Rápido. 

 

 
tegUPComo foi criada a Frete Rápido?  

Mário RodriguesA ideia da Frete Rápido surgiu em 2007, na época eu trabalha como Representante Comercial no Espírito Santo, fornecendo aviamentos para as indústrias de confecção (o Espírito Santo é um polo nesse setor). Via meus clientes (fabricantes de roupas) com dificuldade na hora de enviar suas produções para todas as partes do País. Poucas vezes eles consultavam mais de uma transportadora e, quando faziam, era por e-mail, telefone ou calculando tabelas de fretes impressas. Esse tempo de retorno nunca era ágil, às vezes a cotação era solicitada em um dia, mas retornava apenas no dia seguinte. 

 

Tive a ideia de construir uma ferramenta que aproximasse os Embarcadores (empresas que demandam pelos serviços de transportadoras) e as Transportadoras. 

 

Comecei a estudar o mercado de logística e daí surgiu a ideia da Frete Rápido. Fiz toda minha faculdade de Administração focado em empreender e, no ano de 2010, já com meus irmãos (que são sócios até hoje), tentamos fazer a empresa.  

 

Como foram os primeiros anos da Frete Rápido? 

O primeiro ano prefiro classificar como “Ano de aprendizado”, pois não conseguimos fazer a empresa da forma como gostaríamos. Faltava muita tecnologia nas transportadoras, o máximo que conseguiríamos fazer seria um formulário para cotação de frete, que precisaria ser lido, calculado manualmente e respondido. 

 

Não desistimos da ideia e seguimos acompanhando o mercado. No final do ano de 2014, vencemos o Tecnova da Fapes e Finep, com o projeto Frete Rápido. Contratamos pessoas, buscamos nos aproximar mais das transportadoras para entender o cenário delas (limitações, oportunidades e, principalmente, a visão delas as barreiras). No ano seguinte (2015) recebemos investimento anjo. 

 

Quais os diferenciais da Frete Rápido em relação às demais empresas do mercado? 

Em 2016 nos tornamos a única startup brasileira de logística a compor o Pacto Global da ONU (http://pactoglobal.org.br/). Ainda no ano de 2016, começamos a ser procurados por transportadoras – houve uma inversão nos papéis.  

 

Começamos 2017 com a empresa mais sólida, com o produto pronto e rodando grandes operações do e-commerce brasileiro. prova são os números: foram entregas realizadas em mais de 44 mil diferentes faixas de CEP e mais de R$ 2 bilhões de Nfes (Nota Fiscal eletrônica) emitidas. 

 

Por que buscaram o programa da tegUPQuanto tempo a empresa já tinha quando entraram no programa? 

Vimos na TegUp uma grande sinergia com a Frete Rápido, exatamente por ser a primeira aceleradora específica de logística. Tínhamos 2 anos e meio de empresa quando entramos no programa. 

 

Qual foi a estratégia de vocês para serem vencedores desse programa?  

Sempre buscamos aprender, somar e multiplicar conhecimento e valores. Estivemos abertos o tempo todo para a tegUP e sua equipe. Também buscamos extrair o máximo deles, em conhecimento, networking e negócios. Acredito que nossa estratégia foi mostrar a eles como a Frete Rápido é, onde queremos chegar e como vamos chegar. E, então, eles também viram uma sinergia muito grande. 

 

Como foi cada etapa desse processo de aceleração da tegUPE o que cada etapa teve de mais interessante? 

É um processo longo e minucioso. Todos os envolvidos precisam estar convictos daquilo que buscam e onde querem chegar.  

Foram muitas empresas inscritas e a cada etapa o grau de exigência e maturidade requerido por eles aumentava bastante. E isso acabou sendo bom, pois de certa forma exigiu que as empresas fizessem constantes revisões sobre seus modelos de negócios e produtos. 

 

Olhando a empresa quando entrou no programa de aceleração e hoje, é possível ver uma diferença? 

Sim, é possível. Aproveitamos a aceleração para amadurecer desde pessoas a processos internos, além do relacionamento com nossos clientes.  

Posso afirmar que a Frete Rápido está mais madura, as pessoas mais confiantes e prontas para levarem a empresa a um outro patamar. 

 

Há mais iniciativas que estão por vir após essa fase de aceleração? Qual o crescimento esperado da empresa?  

Estamos em fase de Due Diligence (processo de investigação e auditoria nas informações de empresas) com a Tegma para investimento e estudando alguns negócios para explorarmos juntos. Nossa meta é audaciosa: crescer 200% nos próximos 12 meses. Mas sabemos que é possível e estamos nos preparando para isso. 

 

Qual é a visão da Frete Rápido sobre empreender nesse segmento?  

O setor de logística é um dos mais fechados no Brasil. Mesmo que haja muito espaço para novos negócios, as barreiras criadas e impostas pelos grandes players muitas vezes são quase intransponíveis. 

 

Que dica você daria para outras startups que querem traçar esse mesmo caminho? 

A principal dica que dou aos novos empreendedores é de que se certifiquem de que sua empresa gerará valor não apenas para você e sim para todos envolvidos (parceiros, clientes, fornecedores, entre outros). Assim será mais fácil ter aliados e conseguir penetrar nesse segmento. 

 

 

Sobre o Autor
tegUP é uma aceleradora de startups e braço de inovação aberta da Tegma Gestão Logística. A aceleradora apoia startups e empresas de tecnologia transformadoras que ofereçam produtos, serviços e tecnologia relacionados ao universo da Logística, apresentem alto potencial de evolução e necessitem de algum tipo de suporte para acelerar seu crescimento. Saiba mais: www.tegup.com 

13 perguntas para Patrick Rocha, CEO da dLieve

O nome dLieve advém de duas palavras: Believe e Delivery.  

 

O lema BELIEVE IN YOUR DELIVERIES (acredite em suas entregas) é o que move essa startup a entregar seus serviços com a visão de que ainda há muito crescimento pela frente. 

 

A empresa, que participou ano passado da aceleração promovida pelo programa da tegUP, cresceu mais de 8 vezes, de 2016 para 2017. Sua solução de gestão de entregas em tempo real permite ao entregador e cliente acompanharem 100% dos status das entregas, coletas ou visitas, tudo via mobileOs motoristas com o app instalado recebem a lista de entrega roteirizada e, a partir do início da viagem, é enviada aos clientes a previsão do horário de chegada, calculando trânsito em tempo real e o tempo previsto de demora em cada local.  

 

A experiência do setor de logística e em empreendedorismo para criar o app veio de seus fundadoresSergio Coutinho, Fundador e CFO da dLieve, é administrador pelo INSPER e vencedor do ACELERA FIESP 2014; Gregory Victorelli, Sócio e CTO, é multiempreendedor chefe de desenvolvimento; e Patrick Rocha, Fundador e CEO, é engenheiro mecânico com MBA pela FGV e finanças pelo INSPER, com quase 15 anos de experiência em operações logísticas 

 

Rocha é quem conta abaixo em mais detalhes como a startup tem traçado esse caminho de sucesso:   

 

tegUPO problema que a dLieve se propõe a resolver – entregas com o acompanhamento em tempo real – é um problema de praticamente todo cidadão. Vocês já passaram por isso? Como surgiu a ideia de criar esse serviço? 
Patrick Rocha: Sim, o fundador da dLieve, ele mesmo como usuário e comprador do e-commerce, sempre sofreu ao comprar algo e não saber que horas sua compra iria chegar. E muitas vezes chegava e ele não estava em casa para receber, o que fazia com que a transportadora tivesse que retornar outras vezes ao endereço. Mas também, ele mesmo como gestor de uma transportadora, sempre teve a necessidade de saber o status das entregas de seus motoristas. Porém, sem uma ferramenta como a dLieve isso era impossível. 

 

tegUP: Na prática, em que esse aplicativo se difere dos demais sistemas de monitoramento de entrega disponíveis no mercado?  

PR: O mais comum no mercado são sistemas de monitoramento via satélite, o que exige a instalação de um equipamento no veículo. Com o dLieve é possível realizar esse acompanhamento somente pela posição GPS do smartphone do motorista. 

 

tegUPConte sobre esse processo de criação da ideia do sistema. Qual o background dos fundadores e que habilidades/profissionais foram necessárias para criá-lo? 

PR: Os fundadores sempre trabalharam com supply chain (cadeia de suprimentos) e operações logísticas, isso fez deles pessoas críticas dos modelos convencionais de informação a clientes e monitoramento. Foi a partir daí que decidiram criar uma startup que pudesse solucionar essa falta de informação em tempo real, não só para a transportadora, mas que também pudesse ser dividida com o embarcador e com o cliente final. 

 

tegUPA integração e o uso desse sistema por todas as partes envolvidas na entrega é considerada uma complexidade para vocês? Todas as partes realmente aderem a esse uso? Como é feito esse processo de convencimento e apresentação do sistema para cada parte envolvida? 

PR: Não existe mais complexidade, o mercado está andando nesta direção e não tem volta. As transportadoras estão vendo que uma plataforma como a dLieve passou a ser necessária e é uma exigência de muitos clientes. 

 

tegUP:Qual foi a evolução desse sistema desde seu nascimento até hoje? Houve muita mudança?  

PR: Sim, a evolução não para. Nosso road map (roteiro) de produto é extenso, mas sempre focado em mobile. Queremos ser a plataforma tecnológica com mais ferramentas disponíveis para os clientes e usuários. Se pararmos de criar, estaremos mortos. 

 

tegUP: Hoje, praticamente todas as áreas de serviços podem utilizar o dLieve. Em quais segmentos vocês estão mais focados ou veem maior potencial? 

PR: Não importa se sua empresa vai entregar uma encomenda ou se o técnico da TV a cabo vai até sua casa, tudo é prestação de serviços e exige o deslocamento de alguém até algum ponto. Sendo assim, a dLieve se propõe a ajudar clientes e usuários. Nosso foco é maior nas operações logísticas, mas estão surgindo clientes de ramos diferentes, como construção civil e instalação de água, esgoto e energia elétrica. 

 

tegUP: Por que buscaram o empreendedorismo com o desenvolvimento de tecnologia? Como enxergam esse mercado?  

PR: O mercado de transporte virou commodity. Sem tecnologia, as transportadoras e operadores logísticos não conseguem ter diferenciais competitivos para se diferenciarem dos concorrentes. É aí que entra a nossa vontade de empreender e criar algo que seja útil, necessário e finalmente primordial para uma operação logística. 

 

tegUPEspecificamente, por que identificaram potencial de negócios na área de logística? Essa é uma área mais simples ou mais complexa que outras?  

PR: É a área que temos background, gostamos de “surfar” onde temos domínio, portanto trabalhar com o que você conhece aumenta o índice de acertos. 

 

tegUPVocês atendem com esse sistema um público final (quem recebe a encomenda/visita do prestador de serviço) bastante amplo. Há uma segmentação do público que deve utilizar mais esse sistema? E com mais gente utilizando apps hoje em dia, esse público está crescendo? 

PR: Temos públicos diferentes, pois nem sempre o usuário final é alguém que comprou algo. Temos transportadoras que usam somente com a finalidade da gestão interna, como roteirização, gestão de funcionários e status das entregas, por exemplo. Mas nos casos mais complexos, o usuário final é quem realiza a compra. É importante ressaltar que nosso negócio é B2B2B ou B2B2C. 

 

tegUP:Por que vocês buscaram o programa da tegUP? Quais eram as expectativas?  

PR: Sendo a Tegma uma das maiores empresas de logística do Brasil, sabíamos que esse know-how poderia nos ajudar bastante não só tecnicamente, mas comercialmente também. 

 

tegUP: Como foi esse processo de participação na tegUP? 

PR: Muito interessante, com boas discussões, bons cases muita troca de informações. 

 

tegUPQuais são agora os planos da dLieve?  

PR: O plano da dLieve é continuar crescendo, como ocorreu de 2016 para 2017 (crescemos 8 vezes). As startups precisam ser rápidas na escalada e é isso que procuramos executar, sem deixar de inovar. 

 

tegUP: Como vocês enxergam esse mercado atual de startups de logística? Há espaço para crescimento e inovação? É um caminho muito complexo a ser traçado? 

PR: Recentemente, vimos um estudo com mais de 700 startups. Muita coisa boa está por vir, mas o caminho é longo e árduo. Os empreendedores brasileiros precisam de muita resiliência para alcançarem seus objetivos, pois não é simples abrir um negócio no Brasil. 

tegUP: De tudo que aprenderam nesse período, quais são as principais lições que deixam para quem está desenvolvendo ou planejando desenvolver uma startup?  

PR: Ser rápido nas decisões, encontrar um bom investidor logo no início, focar no seu produto e escalar. Não existe uma fórmula do sucesso, mas existem bons mentores e livros que podem ajudar. 

Infoentretenimento cresce em veículos

Por: tegUP, aceleradora de startups. 

 

Os carros conectados, cada vez mais tecnológicos e com internet integrada em seus sistemas, estão abrindo as portas para uma indústria ainda pouco explorada: a de sistemas de entretenimento dentro dos veículos. O crescimento deste universo de entretenimento promete ser enorme nos próximos anos. 

 

Ao lado dos sistemas de segurança e da direção assistida, que também se beneficiam do ecossistema dos carros conectados à internet, o Infotainment une informação e entretenimento para levar mais conforto, facilidade e diversão para motoristas e passageiros. E, claro, além dos benefícios ao usuário, esses sistemas passaram a ser diferenciais de grandes marcas no acirrado mercado de veículos de luxo. 

 

Na própria transmissão de músicas e vídeos, os sistemas estão evoluindo. Em vez de demandarem ao motorista mudar seu ponto de atenção da rodovia para o aparelho, boa parte deles já permite trocar músicas e acionar vídeos no próprio volante ou com comandos de voz, lembrando que a segurança precisa ser o maior ponto de atenção de qualquer evolução tecnológica.  

 

Algumas linhas populares também já estão recendo diferenciais de Infoentretenimento. A Ford tem um sistema que se conecta com smartphones Android ou iOS e permite que os motoristas e passageiros acessem aplicativos por meio de comando de voz. Entre os aplicativos estão o Spotify, para ouvir música, e softwares para localização de estacionamentos próximos ou para ligações direto pelo aparelho do carro. 

 

Chamada Sync, essa tecnologia da Ford, criada em open source (código aberto), já está sendo também utilizada no Brasil por outras montadoras, como a Toyota. Ele permite que se faça e receba ligações e, através do AppLink,  projeta automaticamente o seu aplicativo de navegação na tela do veículo, para que quem estiver dirigindo não precise acompanhar o caminho pelo celular. Se não bastasse, a tecnologia também consegue ler suas mensagens de texto do celular pelo sistema de áudio do seu carro. 

 

No exterior, fabricantes, montadoras e empresas de tecnologia criam suas versões e softwares. A LIVE, por exemplo, é uma plataforma para carros conectados que integra sistemas de entretenimento em veículos da próxima geração, fazendo a conexão tecnológica com aquilo que o usuário demanda e o que a tecnologia de um carro permite integrar em seus sistemas sem sobrecarregá-lo.   

 

AVE AutoMedia, umas das mais conhecidas empresas de tecnologia para mobilidade, tem trabalhado em uma série de aplicações para carros conectados e devices que não são integrados aos automóveis, mas que são criados para serem usados dentro deles.  

 

A SHARE, por exemplo, é uma solução da AVE desenhada para idosos, médicos e serviços especializados, com funções específicas de conexão que esses grupos demandam. E há muitas outras mais. 

 

Com a simples conexão que a tecnologia AVE proporciona ao aparelho de som e vídeo, a conexão com o ambiente externo também surge. Ela já permite que marcas transmitam conteúdo multimídia para dentro dos veículos, aproveitando situações da direção para oferecer facilidades para o motorista, atender a grupospersonas específicas e, claro, vender mais.  

 

Em um futuro não muito distante, o entretenimento ganha ainda novas dimensões. Os carros autoguiados, que estão o tempo todo “dirigindo” entre um ponto e outro, poderão ganhar tecnologias dedicadas ao entretenimento – que permitam assistir Netflix ou fazer compras pela internet. 

 

Mais um passo além: com realidade aumentada aliada a veículos autônomos, o interior do carro pode se transformar no que você quiser. Especialistas desse setor já sugeriram algumas ideias: o sistema de realidade aumentada do carro dando oi automaticamente quando cruzar com algum amigo seu no trânsito ou transformando o teto do carro em um incrível céu estrelado para projetar as constelações com realidade aumentada. Assim, enquanto pega uma estrada, você pode observar o céu com as crianças. 

 

 

Sobre o Autor 

tegUP é uma aceleradora de startups e braço de inovação aberta da Tegma Gestão Logística. A aceleradora apoia startups e empresas de tecnologia transformadoras que ofereçam produtos, serviços e tecnologia relacionados ao universo da Logística, apresentem alto potencial de evolução e necessitem de algum tipo de suporte para acelerar seu crescimento.  

www.tegup.com